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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SOBRE O FIM 2014 OU UMA ODE AOS CIRCUITOS CULTURAIS INDEPENDENTES


Este ano as mostras do Festival Imagem-Movimento sem dúvida alguma podem ser representadas pela palavra "inquietude". Não somente o recorte dos filmes exibidos em dezembro, mas a totalidade das inscrições deste ano (374 produções) representam uma tendência das produções independentes atuais em especial do circuito brasileiro, cujas temáticas oscilam principalmente por sensibilidade e delicadeza, solidão e violência (muita violência mesmo), mas sempre imbuídas por uma notável e angustiante inquietação.

Não são produções confortáveis, muito pelo contrário, elas perturbam, são viscerais, desestabilizantes, como se fossem gritos ou sussurros que ecoam vindo de diversas origens deste país gigantesco. Vozes que, quando gritos, tanto pedem socorro dessa vida mesquinha e dolorida de temor quanto protestam a fim de chamar atenção para essas durezas todas que nos rodeiam, e quando sussurros, transformam-se em prece ou cantarolar, e arrancam com a brutalidade que só a sensibilidade tem, a beleza contida nos detalhes dos mais diversos contextos de existência por aqui. Não a beleza apenas estética, mas a beleza que transcende nossos escassos sentidos e conceitos.

O FIM tem orgulho de afirmar: nossos festival está representando cada vez mais - a partir de nossos próprios olhares quanto brasileiros- o que é ser humano, no Brasil e nos tantos outros Brasis espalhados pelo mundo. Essas produções traduzem toda a confluência de sentimentos, texturas, vidas, pulsões, desejos, violências, assombros, delicadezas e conexões em linguagem audiovisual de forma única. A palavra audiovisual não soa tão poética quanto a palavra cinema, mas temos certeza que nela cabe o infinito, e o melhor, cabe muito mais gente! E é através dessa palavra e de tudo o que dentro dela cabe, que vimos participando da construção de representações de forma muito mais horizontal e plural. Representações para as quais nós do FIM somos todos olhos e somos todos ouvidos! Pois nos representam também.

Nosso sincero desejo não só aos realizadores que inscrevem-se na 11ª edição do Festival Imagem-Movimento, mas também aos muitos que desconhecem o FIM e igualmente a todas as pessoas que se propõem essa árdua e íntima tarefa de seguir seus sonhos e materializar vontades é: Não parem! Sejamos a sensibilidade, a inquietude. Sejamos as partículas em movimento! E sigamos!

by Carla Antunes - FIM Festival Imagem Movimento.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Abertura do 11º FIM na Praça Veiga Cabral com o filme Tarja Branca






by Jamaile Gurjão

Quando foi a última vez que você brincou? Ou olhou uma foto de infância e se perguntou por onde anda aquela criança e o que foi feito dela? Tarja Branca - A Revolução que Faltava, é um desses filmes que provoca o repensar. Dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes, que possui em sua bagagem, documentários sobre a infância como Muito Além do Peso (2012) e Criança, a Alma do Negócio (2008), Tarja Branca é um incrível manifesto pelo direito de brincar.

Premiado em festivais nacionais e internacionais, Tarja Branca é uma das ótimas produções brasileiras inscritas na 11ª edição do Festival Imagem-Movimento e será exibido na Mostra de Abertura dia 01 de dezembro, na Praça Veiga Cabral, a partir das 19h.

Lançado em 2014, o documentário discorre, a partir dos depoimentos de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, sobre a pluralidade do ato de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que mora dentro dele. Por meio de reflexões, o filme mostra as diferentes formas de como a brincadeira, ação tão primordial à natureza humana, pode estar interligada com o comportamento do homem contemporâneo e seu "espírito lúdico".

E na pluralidade do brincar, a identidade cultural brasileira também é debatida em muitas de suas expressões: os brincantes, o maracatu, o carnaval, o folclore... Levando à reflexão sobre a importância do lúdico em todas as fases da vida. A Mostra de Abertura do 11º FIM tem classificação livre e é aberta ao público.

O FIM

Partindo para sua 11ª edição, o Festival Imagem-Movimento deste ano recebeu mais de 370 filmes, e realiza as Mostras principais entre 1 e 7 de dezembro na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, Praça Veiga Cabral, Baixada Pará, Centro de Difusão Cultural Azevedo Picanço, Museu Fortaleza de São José de Macapá e no Espaço Caos-Arte e Cultura.

Criado em 2004, no Amapá, o evento desde então vem contribuindo para o aprimoramento da produção audiovisual no Estado. Ao longo dos últimos anos, o festival percorreu mais da metade dos municípios do estado levando mostras de filmes e cursos de realização audiovisual básica, criou e fomentou cineclubes por onde passou.

Confira a programação completa em http://www.festivalfim.blogspot.com.br/ e através da fanpage www.facebook.com/festivalfim.



SERVIÇO:

11º Festival Imagem-Movimento – Partículas em Movimento.

Mostra de Abertura apresenta: Tarja Branca - A Revolução que Faltava

Data: 01 de dezembro

Local: Praça Veiga Cabral

Horário: 19h

Gênero: Documentário

Classificação: Livre

Duração: 80’

Aberto ao público