Diante dos últimos acontecimentos, que abalaram as estruturas do Estado do Amapá percebo a necessidade de registrar o meu pesar.
E este pesar não é por políticos ou empresários envolvidos neste escândalo, mas pelo povo que aplaude tamanha falta de vergonha na cara.
É bem verdade que se pararmos para analisar os perfis dos candidatos no Estado, talvez não haja um que mereça votos de confiança, mas o mínimo de bom senso é o que se espera de um povo, que já deveria estar cansado de ser manipulado pelo sistema.
Infelizmente somos obrigados a eleger alguém que talvez faça as mesmas lambanças dos governos anteriores.
Enquanto o povo se contentar com inaugurações de praças e árvores iluminadas, crianças continuarão sem escolas, enfermos continuarão morrendo nos corredores de hospitais públicos e grande parte da população permanecerá sem o mínimo necessário para uma vida digna.
As mudanças amedrontam aqueles que se acostumaram ao comodismo. Isto fica claro quando vemos os rostos preocupados daqueles que usufruíram dos bens públicos indevidamente e agora sentem-se ameaçados de perderem o que jamais pertenceu a eles.
Este é o retrato fiel do Funeral da Esperança.