terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dia do Quadrinho Nacional é comemorado no I Encontro Amapaense de HQs



A abertura do evento que rolou no dia 28 de janeiro, reuniu um número significativo de fãs e interessados nesta cena que começa a dar o ar da graça e se mostrar ao público amapaense. 

O Museu da Imagem e do Som que funciona atualmente no 2º piso do Teatro das Bacabeiras, ficou pequeno para tantas pessoas que vieram prestigiar a exposição dos artistas dos quadrinhos aqui da capital.


foto: Mary Paes

No primeiro dia rolou a oficina de roteiro, ministrada pelo roteirista Gian Danton (Ivan Carlo), coordenador do Curso de Comunicação Social da Unifap, escritor e roteirista da MAD, também  participou da MSP+50, em homenagem a Maurício de Sousa.  Sem dúvida, a presença de Gian Danton, trabalhando em conjunto com os organizadores William Costa e Deilson Silva, foi de grande valia para o sucesso do evento.

Alexandre Brito, gerente do MIS-AP vê com bons olhos esta parceria do museu com os quadrinhos pois acredita que para a cultura acontecer de verdade ela precisa se organizar, ocupar espaços e integrar pessoas, só assim poderá alcançar resultados que multipliquem conhecimentos atrelados à responsabilidade sociocultural.

foto: Mary Paes

Ainda no primeiro dia, rolou uma conversa com o cartunista, desenhista, cronista e "vários outros istas" (como ele próprio diz), Ronaldo Rony (Ronaldo Rodrigues), falando da sua trajetória no mundo dos quadrinhos.


foto: Maksuel Martins

Essa galerinha, realmente, tem muito a comemorar com este I Encontro Amapaense de Histórias em Quadrinhos. Foram três dias intensos de trabalho, mas que valeram muito a pena. Algumas conquistas já podem ser compartilhadas, como exemplo, o contato de um produtor do sul que se interessou em contratar uma equipe macapaense para produzir suas próximas edições de HQs.

O evento teve uma boa visibilidade, ultrapassando as fronteiras do Amapá. Está rolando um concurso entre os participantes das palestras e oficinas, onde o vencedor terá uma HQ de cinco páginas  a ser publicada na França. Além de outros trabalhos, que surgiram com a divulgação do encontro, como a produção de uma revista regional voltada para a educação pedagógica, incluindo os cuidados com o meio ambiente.

foto: Mary Paes

foto: Mary Paes

Para os organizadores, o evento ultrapassou as expectativas. Serviu, principalmente para mostrar que existe sim, no Amapá, uma produção de qualidade, seja de cartum, desenho ou roteiro. O que faltava era espaço para expor esses trabalhos, o que será possível agora, através do Coletivo dos Quadrinhos que já é uma realidade e passa a funcionar em parceria com o Museu da Imagem e do Som.
Este coletivo resulta do Grupo de Trabalho realizado no penúltimo dia do evento (29/01), e é um espaço dedicado aos artistas dos quadrinhos e aos fãs e admiradores dessa arte, aberto para as discussões, exposições, noticias e outras atividades relacionadas.

foto: Maksuel Martins

Na segunda-feira (30), dia do quadrinho nacional e último dia do encontro, Moara Negreiros ministrou das 14 às 18h, a oficina de criação de personagens. Depois da oficina, Gian Danton (Ivan Carlo) apresentou a esperada palestra Mercado Editorial Brasileiro.

foto: Maksuel Martins

(foto: Maksuel Martins)
 Novos e Usados agitou o encerramento do I Encontro Amapaense de HQs


O dia 30 de janeiro de 2012 entrou para a história de Artur Andrade Rodrigues, cartunista de apenas 8 anos de idade, que lançou o seu primeiro fanzine Zé Nova Zelândia durante o encontro... mostrando que o velho ditado "filho de peixe, peixinho é" está mais certo do que nunca, o garoto é filho do "monstruso" cartunista Ronaldo Rony.


 Artur falando sobre o "Zé Nova Zelândia"                              foto: Mary Paes

foto: Mary Paes


foto: Mary Paes

Um dos resultados do I Encontro Amapaense de Histórias em Quadrinhos foi a criação da gibiteca, com a doação de 157 HQs raras doadas pelo quadrinhista Sandro Silveira. Silveira confessou ter um grande amor pelos quadrinhos que estava doando, “... mas, estas pessoas demonstram o mesmo amor que eu tenho por essas HQs e tenho certeza que aqui elas serão melhor aproveitadas” declarou Silveira, logo depois de posar para a foto com a galera do coletivo. Ivan Danton seguiu o exemplo do amigo e também doou uma grande parte de sua coleção de HQs para a gibiteca que já está funcionando no Museu da Imagem e do Som, 2º piso do Teatro das bacabeiras e pode ser visitada de segunda à sexta-feira no horário de 9 às 18h.

Texto por Mary Paes