foto: Maksuel Martins
Penso em como é efêmera a ilusão do amar
Em como até o olhar, onde se julga encontrar verdades
Também é capaz de ocultar sentimentos reais
Penso em como as palavras belas são fáceis
Aos lábios dos que buscam a conquista
Pela medíocre satisfação do ego
E como é inebriante o eflúvio da pele aquecida pelo desejo
Desalinhando pensamentos
Interrompendo juras de nunca mais amar
Penso em como é vil o ato da sedução de outro ser
Quando seu coração está frágil
Quando seu corpo carece de afagos
E quando tudo que se ambiciona
É ter alguém pra se chamar de meu amor
Penso em como é fácil crer
Nas diferenças que me fazem ser o que eu sou
E como é difícil encontrar a essência do que possa me completar
Penso em como é rara
A autenticidade de um coração
Tão poeta quanto o meu
E sendo único
Optarei por viver só
Por Mary Paes Santana