Não sei se acontece só comigo, mas às vezes fico me perguntando se sou eu o estranho ou se de repente tudo se tornou tão igual (as pessoas, as coisas, as palavras), que eu passei a ser um mero espectador neste planeta de gente sem identidade.
Não sou do tipo que baixa a cabeça, ou que se cala diante de situações que incomodam. Mas, quanto mais o tempo passa (e o tempo voa), mais percebo que não vale a pena jogar palavras ao vento, quando elas nunca chegam a lugar algum.
Mas, não quero crer que a mediocridade humana seja insuperável!
Porque sou poeta, e os poetas sobrevivem, mesmo que as esperanças morram!
Por Mary Paes