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sábado, 31 de dezembro de 2011

Um 2012 mais simples pra nós!!!

Foto: Carol Chaves

Às vezes, pra gente conseguir realizar um sonho é preciso encarar muitas batalhas... cruzar longos caminhos, cair na lama, tropeçar nos barrancos da estrada, se agarrar nas raízes da esperança pra não permanecer no poço dos derrotados!! Não é fácil ignorar todos os nãos que vem bater na sua cara e seguir em frente!! É difícil flagrar-se recolhido no medo, na insegurança de ser capaz, e depois levantar-se pronto para encarar o mundo de peito aberto! Muitas vezes me senti assim... sozinho, amedrontado e inseguro... quieto no meu poço escuro e sem fundo... flutuando no nada!!!

Mas nesses momentos difíceis descobri que não estava só. Tinha amigos que torciam pelo meu sucesso e me ajudaram a vencer as correntezas desse mar, muitas vezes revolto! E se 2011 foi o ano da realização de um sonho que permeou, praticamente, a minha vida toda, eu devo também a essas pessoas que fizeram parte da minha jornada em busca dessa conquista tão importante!! Muito obrigada!!!

Que em 2012 sejamos mais amigos, mais solidários, mais tolerantes, mais compreensivos, mais sinceros, mais amorosos, mais criança e menos adulto, mais simples, mais loucos (se é que é possível, rs) e bem mais felizes!!! Amém!

Uma pequena oração que fiz num momento difícil da minha vida e quero compartilhar com vocês:

Faça-me forte Senhor
Para suportar
Qualquer tamanho de dor
Faça-me sábio
Para compreender e aceitar o que não é fácil
Nem simplesmente aceitável
Faça-me humilde
Para me colocar no lugar do próximo
Diante de suas falhas
Seus temores e suas mágoas
Faça-me simples para sentir o amor
Bondoso para doá-lo
Terno para inspirá-lo
E feliz para torná-lo visível

Por Mary Paes
com carinho... beijinhus

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Gente... Deixa eu contar uma história que começou lá pelos anos de 2005... rs... brincadeirinha... Lê aí que a história não é tão longa assim!!!

Foi quando eu cheguei a Macapá. A sensação térmica que senti ao descer do avião era a de entrar numa sauna... Brincadeira... Vim de um lugar mais quente que Macapá e não é do inferno que eu to falando... Mas tava quente, muito quente mesmo... plena três horas da madruga... eu estava me sentindo em casa.

Cheguei pra passar um ano na empresa que havia me contratado, depois voltaria pra minha cidade. É... Até voltei depois de um ano... mas quem disse que eu quis ficar por lá... voltei pra cá de mala e cuia, rs... na verdade, a cuia eu deixei. Nunca mais tomei chimarrão ou tereré... Aprendi a tomar açaí com charque... e sem açúcar!



 eu amo essa gente doida!!!

Sempre me questionam porque eu quis ficar em Macapá se ninguém da minha família mora aqui... Pode até parecer que sou uma ingrata com as pessoas que amo... Eu morro de saudades dos meus pais, do meu filho lindo fofo, dos meus irmãos e sobrinhos... mas eu vivi muito tempo a minha vida sem mim, como aquele filme da cineasta Isabel Coixet ... já era tempo de começar a viver a minha vida comigo... e isso só aconteceu depois que eu cheguei aqui.  Depois que eu consegui me libertar das amarras invisíveis... da prisão sem grades que me absorvia dias e noites... (ai como eu sou melosa, rs).

                           
amigos são aquelas pessoas te amam mesmo quando te odeiam

Não atue só na chatice da vida, construa a beleza e viva a arte!!!

Conheci tanta gente bacana... E muita gente ruim também... Mas na balança isto pesa menos!!
E se hoje eu estou alcançando a realização de um sonho de menina, devo muito a esses meus amigos de fé que eu fiz nesta cidade abençoada. Amigos que sempre me acompanharam desde que cheguei aqui... Meio perdida e muito solitária!! Estas pessoas me aceitaram assim desse meu jeito e me deram forças nos momentos mais difíceis que passei... Poderia dizer palavras lindas pra agradecer a esta galera, mas não seriam suficientes! O que me importa é que elas saibam que eu sempre serei grata por tudo... E que meu amor é eterno!
Amo-o-os!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mary Paes - Hoje apresentei meu trabalho de conclusão de curso - 01.12.2011

Banca: Alexandre Brito, Kelly Tork e Raquel Shorn

Valeu galera!!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Clube de Cinema - Um ano em Cena!

 
Público do Clube de Cinema Especial dia da Criança 
Centro Comunitário Pedrinhas

Era maio de 2010. Dia 15 de maio, para sermos certeiros na data. 18:30, para sermos certeiros na hora. Acontecia, então, a primeira exibição realizada pelo Clube de Cinema. Na primeira sessão foram exibidos filmes produzidos por realizadores amazônidas.O objetivo estava claro desde o início: o Clube de Cinema vinha com a proposta de representar um espaço de difusão de trabalhos que, dificilmente, chegam a ser projetados nas salas de cinema do estado.
 




 Clube de Cinema no Centro Comunitário Pedrinhas - Dia da Criança 2010

A seleção dos filmes que compuseram a primeira sessão, realizada na Sala Charles Chaplin do Sesc Araxá, buscou iniciar o projeto Clube de Cinema mostrando que, na Amazônia, se produz audiovisual de qualidade e que, declarações contrárias a esse fato, precisavam ser desconstruídas. Projetou-se então uma seqüência de trabalhos audiovisuais realizados na Região Norte do país:

- O vaso (AP/Macapá);
- Açaí com Jabá (PA/Belém);
- Meu tempo menino (PA/Santarém);
- Gari sim, Lixo não (AP/Macapá);
- A onda, festa na pororoca (PA/Belém);

Clube de Cinema Especial Dia da Mulher com Brenda Nandes - Março 2011


 Sorteio de brindes - Clube de Cinema Especial Dia da Mulher - Março 2011

O público da primeira sessão exibida na sala Charles Chaplin foi pequeno, não mais que dez pessoas. Mas quem compareceu a essa primeira sessão saiu com uma missão: fazer circular a informação de que surgia, a partir daquele dia, mais um espaço para quem estivesse disposto a ver, pensar e produzir audiovisual no Amapá. E cá estamos nós, um ano depois, realizando mostras com um público médio de quarenta pessoas, agora no auditório do Museu da Imagem e do Som. Hoje, a equipe que organiza o Clube de Cinema tem a honra de contar com pessoas que, inicialmente, apenas participavam das sessões, o projeto cresceu e vem cumprindo os objetivos para os quais foi criado.

 Filmagem do Curta "Última Sessão"


Além de unir o produtor independente ao público, o Clube busca estimular o debate em torno das temáticas desenvolvidas nos filmes que são exibidos. Um dos grandes diferenciais entre os cineclubes e as salas de cinema comerciais é exatamente esse: temos a possibilidade de ouvir os pensamentos e as idéias que o filme provocou no outro que, muitas vezes, nem conhecemos. Há, nos cineclubes, essa troca, esse intimismo no qual as experiências fílmicas são compartilhadas e socializadas.

O Clube de Cinema também busca estimular a realização de trabalhos audiovisuais e o surgimento de novos realizadores. Nesse sentido, duas ações, ao longo desse um ano de vida se destacam:

- A realização do filme curta metragem “Última sessão”, roteirizado e dirigido por Jamaile Gurjão, freqüentadora das sessões do Clube;
- Participação no projeto “Cinema na Escola”, realizado na Escola Estadual Sebastiana Elenir que originou 06 vídeos feitos pelos alunos daquela instituição;

 Todos por um!

Parceiros: Clube de Cinema, FIM (Festival Imagem-Movimento) e Escola Sebastiana Elenir


Atualmente, além de suas sessões quinzenais, o Clube de Cinema compõe a comissão organizadora do 1º Seminário Amapaense de Audiovisual, outra ação que promete trazer vários benefícios para o segmento no estado.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o Clube de Cinema apareça na sessão de aniversário. Ela vai ser um pouco diferente das demais: o filme da vez será o metalingüístico Rebobine, por favor, após o debate sobre a obra, Geison Castro conduzirá um repertório de Rock Nacional no meio do qual, com certeza, haverá uma pausa para cantarmos os “parabéns pra você” e apagar as velinhas. Você está convidado a comparecer. As informações estão todas logo abaixo. Agende-se!


 Clique na imagem para ampliar


Sinopse: Jerry Gerber (Jack Black) decide sabotar a usina elétrica de sua cidade, já que acredita que ela está derretendo seu cérebro. Para tanto ele conta com a ajuda de Mike (Mos Def), seu melhor amigo, que trabalha em uma antiga locadora que apenas aluga fitas VHS. A tentativa de invasão dá errado, o que faz com que Jerry leve um grande choque. A partir de então ele fica magnetizado, sem perceber. Ao entrar na locadora onde Mike trabalha ele, sem querer, desmagnetiza todos os filmes disponíveis. Com Elroy Fletcher (Danny Glover), o dono do local, viajando, cabia a Mike cuidar do local. Desesperado, ele decide rodar os filmes por conta própria, juntamente com Jerry.

Serviço:
O Clube de Cinema é uma parceria entre Sesc-AP, Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS-AP),  Univercinema (UNIFAP) e Festival Imagem-Movimento (FIM).
Filme da vez: Rebobine, por favor
Data: 14/05/2011
Local: Auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras)
Hora: 18:30




sábado, 16 de abril de 2011

Assembléia do Audiovisual Amapaense


 Reunião do Audiovisual no Conselho de Cultura de Macapá

O audiovisual amapaense tem dado demonstração de que está caminhando para uma maturidade. As ações atuais dos grupos e agentes que militam no segmento estão sendo marcadas pela capacidade de mobilização, esforços de profissionalização e estímulo a elaboração de políticas públicas para o setor.
Com intuito de propor uma organização dessas ações e unificar forças dos agentes realizadores que a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas Sessão Amapá está convidando todos os realizadores e/ou cineclubistas do estado para comparecerem dia 24.04, ao auditório do Museu da Imagem e do Som (segundo piso do Teatro das Bacabeiras), às 14h, para realização de uma Assembléia Geral do segmento.
Na ocasião a entidade discutirá a seguinte pauta:

 - Fórum do audiovisual da Amazônia Legal – FAAL;
- Propostas para o Conselho Municipal de Cultura de Macapá;
-  I Seminário de audiovisual amapaense;
- Campanha de filiação.

O comparecimento a esta reunião é estratégico para que a entidade possa sair fortalecida e para que o segmento audiovisual amapaense possa traçar metas e estratégias coletivas que permitam a continuidade das ações de fortalecimento da cena audiovisual local.

Texto: Alexandre Brito                                                                                       Foto: Maksuel Martins


domingo, 10 de abril de 2011

VER ALÉM DO OLHAR


 Foto: Maksuel Martins

Eu particularmente, adoro o acaso... É assim que coisas muito bacanas acontecem em minha vida. E foi por acaso que ontem, sábado, três dos coordenadores do Projeto Cinemando na Amazônia no Bairro Nova Esperança informaram que não poderiam estar presentes na sessão de curtas que seria exibida durante a noite, no Centro de Convivência daquele bairro. Então fui convidada para somar a outros companheiros também convidados para o cortejo e logo depois, para a exibição dos filmes. Chegamos lá, eu, meu amigo Odivar Filho com o carro de som, e a Liliane, nossa amiga. Nisso, já passava da hora do combinado, mas apenas o Luan Macedo (um dos coordenadores do CINE MAIRI) e a Eliza (em fase de teste para ser membro do FIM) haviam chegado. Devido ao adiantado da hora, decidimos iniciar a panfletagem com pouca gente mesmo. Cada um foi para um lado entregando folders para a vizinhança do bairro. 

Seguia eu por uma das ruas esburacadas e cheia de lama, quando vi uma garotinha segura nas mãos de quem, supus ser a mãe dela. Ao me aproximar, percebi que a garota possuía deficiência visual,  ela sentiu que eu me aproximava e estendeu a mão, dei a ela um folder com a programação de filmes daquela noite até o mês de maio. Curiosa, a menina perguntou à senhora que lhe segurava a mão, do que aquilo se tratava. Eu continuei no meu percurso.

 Foto: Maksuel Martins

No horário combinado o público foi chegando. Na maioria, crianças entre 05 e 12 anos. Todos eufóricos, falando alto, rindo e fazendo mil perguntas sobre os filmes. Teve alguém que perguntou ao Alexandre: “vai passar avatar tio?”, eu achei aquilo engraçado.

 Foto: Maksuel Martins

Fiquei felicíssima ao ver que a garotinha de vestidinho rosa que estava chegando de mãos dadas a um garoto, era a mesma para a qual eu entregara o folder da programação. Acomodei-os um ao lado do outro.
Foi  assim, por acaso, que eu conheci um outro lado do meu amigo Alexandre Brito. Não é que este rapaz leva jeito com a criançada?!? Conversou com a galerinha, controlou suas euforias, argumentou com eles, interagiu de maneira muito eficaz com o público daquela noite. 

Mas o acaso que mais me deixou feliz, foi perceber que talvez eu não estivesse ali por mero acaso... E se fosse... Vivas ao acaso!

Alice é o nome da garotinha de vestido rosa. Ela tem dificuldades em entender o que está sendo exibido, pois ela não vê, e o filme não possui diálogo. Ao perceber sua agonia através das perguntas que fazia ao seu irmão, levantei-me de onde eu estava sentada e fui em direção a eles, mas me detive por recear não ser entendida em minha intenção de ajudar e assustar a garotinha. Fiquei em pé, observando a menina, enquanto na minha cabeça, duas ideias digladiavam-se entre si, vou ou não vou? O Alexandre se aproximou e disse: “Hei Heldris (apelido carinhoso), vai lá narrar o filme pra menina!” era o que eu precisava pra me decidir.  

Sentei-me no chão ao lado da cadeira de Alice e disse-lhe ao ouvido: “você quer eu que narre o filme para você?” rapidamente, ela respondeu que sim, pegou minha mão e colocou sobre o seu colo.  Foi uma experiência inesquecível! Enquanto eu narrava o filme, ela gargalhava e eu ficava mais feliz ainda, por acreditar estar conseguindo passar o que realmente estava acontecendo na tela. 
Ela me disse que estuda libras e que lê e escreve em braile.  Convidou-me para visitá-la em sua casa e conhecer sua família. Perguntou meu nome e tocou meu rosto e meus cabelos para me conhecer. Disse-me também que participa de um coral e se ofereceu para cantar lá no CINEMANDO em uma ocasião especial. 

Eu aprendi que... Às vezes, num dia só, você entende o que levaria uma vida inteira para entender!

Este sábado, 09/04/2011, valeu muito a pena ter vivido!!! 

Por Mary Paes


sexta-feira, 25 de março de 2011

Metal no Teatro das Bacabeiras


Profetika 
(Foto: Maksuel Martins)

É  uma satisfação perceber que a cena cultural no estado do Amapá vem mudando e tomando proporções realmente significantes. Digo isso porque, para a minha surpresa, as bandas que levam um som pesado como a Amatribo (trash metal) e a Profétika (death metal), foram convidadas para tocar, hoje, 24, na programação de aniversário do Teatro das Bacabeiras. 

Profetika
(Foto: Maksuel Martins)
Ponto para o atual diretor daquele espaço, Aroldo Pedrosa que com esta atitude demonstra uma visão aberta e desprovida de preconceitos. O teatro agora também é um espaço para o metal e para os metaleiros de plantão.




Amatribo
(Foto: Mary Paes)

“Estamos em um novo tempo, um tempo de valorização da cultura e dos talentos do nosso estado, sem discriminação. Temos muitos projetos e pretendemos colocá-los em prática o mais breve possível”. Comentou Pedrosa quando o vocalista da Amatribo, Maksuel Martins o procurou para agradecer ao convite!!



Amatribo
(Foto:Mary Paes)


Genezis
(Foto: Mary Paes)


Viva a cena headbanger macapaense!!!   Yeah!!!

Veja outras fotos no face book
http://www.facebook.com/album.php?aid=34366&id=100001438707839

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Guerra! Foi dada a partida!!!

Stereovitrola






Anonymous Hate


Depois foi a vez da Anonymous Hate dar o seu recado na voz gutural de Vítor Martins.
Finalmente a Amatribo chegou para fazer ferver o caldeirão ao som das suas músicas “Guerra dos Mundos”, “Corrompendo”, “Terceira Guerra”, “Dia do Treinamento”, “Guerra”, “Homem X Natureza”, e ainda mandaram ver com o cover de algumas músicas do Sepultura como “Propaganda” e “Troops Of Doom”.

Amatribo


Durante o show foram sorteadas camisetas e no final, uma guitarra que foi autografada pelos componentes da banda.

Foi um show daqueles que deixam na gente aquele “gostinho de quero mais”. Que venha o Grito Rock!!! Amatribo War!!!

Fotos: Maksuel Martins, Cortezolli, Mary Paes

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Neste Sábado show de lançamento do EP Amatribo


Foto: Camila Karina

Neste sábado, 12/02, as estruturas do malocão do SESI serão abaladas pelo som pesado da banda Amatribo!!! A galera do metal estará lá, batendo a cabeça, a partir das 19h.

As bandas convidadas são Anonymous Hate, Stereovitrola e Nova Ordem!!!

No intervalo do show será sorteada uma guitarra. Para concorrer, basta comprar o ingresso no valor de 5,00 na portaria do evento.

Bora lá dar uma força pra cena metal de Macapá!!!



domingo, 6 de fevereiro de 2011

VT de lançamento do EP AMATRIBO


Depois de 08 anos de existência, e muitos "Dias de Treinamento", a Banda de metal Amatribo está pronta para detonar a "Guerra dos Mundos" com o lançamento de seu primeiro EP no dia 12/02, no Malocão do SESI!
Bandas convidadas: Anonymous Hate, Stereovitrola e Nova Ordem.

"Guerra foi dada a partida

A corrida pro insaciável..."

O Fim.


O vídeo torna visível o momento de angústia de alguém que, embora faça parte de todo um contexto social ativo, permanece intimante só. Suas inquietações e impotência diante da realidade o empurram drasticamente para O Fim.
Mary Paes é poeta contemporânea.

As imagens que aparecem neste vídeo são fragmentos de cenas gravadas na cidade de Macapá/AP e pertencem ao arquivo pessoal dos produtores.

Texto: Mary Paes
Edição: Maksuel Martins
Narração: Mary Paes
Ano: 2011
Tempo: 3m

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Macapá! Minha paixão!!!

Foto: Maksuel Martins

Viva 04 de fevereiro! Aniversário de Macapá

Há 05 anos adotei Macapá como minha cidade! Aqui provei de dores e amores... Chorei e sorri milhares de vezes... Cheguei sozinha, como uma criança solta em um lugar estranho... Senti medo, insegurança, solidão... Mas o tempo passou, e a criança cresceu... Aprendi a amar cada canto desta cidade... Cada pessoa, cada palavra até então desconhecida, cada gesto desse povo. Aprendi a amar a alma poeta dessa gente que ama a gente! Gente de riso fácil, de abraço fácil, de alegria sem igual!

Amo muitas coisas deste lugar... Principalmente o vento que sopra na orla do Amazonas. (Mary Paes)



Foto: Maksuel Martins


Foto: Maksuel Martins

A seguir transcrevo um depoimento de outra pessoa, que como eu, veio de outro canto do Brasil e se apaixonou pelo jeito de ser do povo daqui:

Depoimento de Serzinho de Floripa

“Sim, sim, é lógico que sei reconhecer as coisas boas e ruins da minha cidade, e, pode ter certeza, há muito tempo tenho experimentado "isolar" as coisas ruins e conviver apenas com as boas, coisas que, sejam como forem, existem em todos os lugares, belos, prazerosos, tristes e horríveis lugares, mas, quem enxerga a vida com olhos do bem e do mal sabe se prevenir contra o ruim e aproveitar as coisas boas também.

Já estou há muito tempo (mais de dez anos) longe do sul do Brasil, e, aqui nesse pedacinho da Amazônia tenho visto a vida passar bem mais prazerosa que outrora, e, já acostumado a toda essa simplicidade e maneira "largada" de viver, acredito que já não saberia viver onde as pessoas são julgadas pela aparência, onde o que menos conta é a essência...

Quem acorda enxergando a Foz do Rio Amazonas até onde a vista alcança, e, quem tem toda a paz e todo o silêncio que sempre desejou. Quem come o peixe meia hora depois de ser pescado, quem come as frutas logo após serem colhidas, quem caminha descalça pela cidade sem ser chamado de mendigo, quem anda apenas de bermuda e camiseta regata e não tem a entrada barrada em parte alguma, quem conversa olhando no olho e quem faz e recebe carinho constantemente sem a menor vergonha e completamente livre de segundas intenções de ambas as partes, de maneira alguma pode reclamar das pessoas ou do lugar onde vive, e, se aqui tenho que sobreviver com muito pouco, acredito sinceramente que isso vale muito mais do que muitas coisas que muitos têm, mas que não sentem alegria nem paz ao desfrutá-las”. (Serzinho de Floripa)

JEITO TUCUJU
Composição: Val Milhomem e Joãozinho Gomes

Quem nunca viu o Amazonas
Nunca irá entender a vida de um povo
De alma e cor brasileiras
Suas conquistas ribeiras seu ritmo novo

Não contará nossa história
Por não saber e por não fazer jus
Não curtirá nossas festas tucujus
Quem avistar o Amazonas nesse momento
E souber transbordar de tanto amor
Esse terá entendido o jeito de ser
Do povo daqui

Quem nunca viu o Amazonas
Jamais irá compreender a crença de um povo
Sua ciência caseira
A reza das benzedeiras
O dom milagroso


Parabéns Macapá!!!